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SATÉLITES ALEMÃES VOCACIONADOS AOS MAPAS 3D

    No dia 21 de Junho de 2010, foi lançado em órbita o satélite TanDEM-X, com a missão de compilar o mais preciso mapa em 3D da superfície da Terra.

    O radar alemão voa em formação com um outro satélite idêntico, chamado TerraSAR-X, lançado em 2007. Juntos, os dois satélites podem medir a variação de altura em todo o globo. O mapa em três dimensões pode ser usado para vários fins, entre eles, auxiliar aviões militares a voar em alturas extremamente baixas e ajudar equipes de resgate a avaliar onde foram os piores estragos após um terremoto, por exemplo.

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     O TanDEM-X foi levado para o espaço por um míssil balístico intercontinental adaptado, partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

     Quando posicionado em órbita, passou a ser empregado com seus radares que emitem pulsos constantes de microondas contra a superfície do planeta. Ao medir o tempo que sinais levam para retornar à sua fonte de origem os instrumentos determinam as diferenças de altura.

     O fato de os dois satélites estarem em formação tão próxima permite que um deles aja como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.

     No que tange a aplicações, as observações por radar já têm extenso uso em aplicações militares, civis e científicas, como pode ser verificado nas avaliações de fenômenos como a erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, e o vazamento de petróleo no Golfo do México.

     A visão de microondas do TerraSAR-X permitiu que especialistas pudessem acompanhar e avaliar o status do vulcão islandês apesar de ele estar coberto por uma nuvem de cinzas. E no caso do vazamento, o satélite pode acompanhar o avanço da mancha de óleo no mar durante o dia e à noite, graças aos sinais de radar refletidos das água poluída.

    Além do que foi dito até aqui, operadores de celulares, por exemplo, podem usar o modelo digital de elevação para escolher os melhores locais para a instalação de mastros; o setor de aviação pode usar os dados para planejar rotas aéreas mais seguras; planejadores urbanos podem avaliar riscos de enchentes com mais precisão e autoridades marítimas poderão usar a informação para rastrear piratas e navios de pesca ilegais.

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      Uma das principais capacidades destes satélites, para emprego em Operações Militares, é a possibilidade de gerar MDE mais precisos, quando comparado com outras fontes consagradas como o SRTM (90 e 30m) e o ASTER (30m) , que já foram citados em posts anteriores. Sua melhor escala espacial varia entre 1 e 12 metros contra 30 metros dos outros dois sistemas anteriormente descritos.

TERRASAR-X (10M)

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SRTM (30m)

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     A missão TerraSAR-X/TanDEM-X é operada por uma parceria público-privada. A Agência Espacial Alemã é dona do hardware, a EADS Astrium construiu os satélites e a Infoterra GmbH tem os direitos comerciais exclusivos sobre os dados.

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    Já há planos para lançar um outro satélite, para dar continuidade ao trabalho desta missão. O próximo passo seria uma tecnologia de alta resolução e de grande alcance que permitiria que imagens de grande escala da superfície, extremamente detalhadas, sejam registradas em uma única passagem.

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EXÉRCITO BRASILEIRO E MAPEAMENTO TOPOGRÁFICO DE GRANDES ESCALAS

      Visando a disponibilização de dados geoespaciais de referência e temáticos para o planejamento e execução de operações de defesa e segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicas Rio 2016, o Exército Brasileiro publicou em seu geoportal a segunda edição da ET-EDGV Defesa F Ter.

      A primeira parte desta especificação aborda dados de referência para escalas de até 1:1.000, enquanto que a segunda trata especificamente de dados de temáticos de interesse para as operações terrestres. Foram incorporadas a 1a Parte desta especificação inúmeras contribuições das instituições que estão trabalhando com o Comitê da CONCAR para incorporar à ET-EDGV 2.1.3 (Out/2010) dados geoespaciais de referência típicos de mapeamentos topográficos de grandes escalas. Assim, a ET-EDGV Defesa F Ter apresenta uma modelagem conceitual que suporta o mapeamento topográfico em escalas 1:1.000 até 1:250.000.

fgfd Exército Brasileiro lança especificação para mapeamento topográfico de grandes escalas      A especificação manteve o foco na interoperabilidade e integração de dados geoespaciais. Até a publicação da ET-EDGV Nacional da CONCAR, a qual possivelmente será denominada ET-EDGV versão 3.0, esta especificação se apresenta como uma alternativa para os produtores de dados que necessitarem elaborar mapeamentos em grandes escalas.

      Esta especificação foi elaborada pela equipe técnica da DSG com a colaboração de representantes do Ministério da Defesa, por meio da DHN e ICA, da Prefeitura do Município de Salvador, do Estado da Bahia e do Governo do Distrito Federal. Para a validação da modelagem, foram utilizadas as bases de dados fornecidas pelos municípios de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Cuiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Manaus.

      Assim, além dos órgãos acima, esta versão incluiu a transcrição (total ou parcial) das contribuições dos seguintes órgãos da administração pública efetivadas no contexto dos trabalhos do Comitê da CONCAR: Ministério das Cidades – Mcid; Ministério das Comunicações – MC; Ministério da Cultura – MinC; Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS; Ministério da Educação – MEC; Ministério da Integração Nacional – MI; Ministério do Meio Ambiente – MMA; Ministério de Minas e Energia – MME; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG-SPI; Ministério da Saúde – MS; Ministério dos Transportes – MT; Ministério do Turismo; Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC; Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL; Agência Nacional de Petróleo – ANP; Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL; Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ; Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamento – ANEA; Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT; Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio; Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; Secretaria de Aviação Civil – SAC; Secretaria do Patrimônio da União – SPU.

      Para possibilitar a operacionalização da produção e uso dos dados previstos nesta norma, a Diretoria de Serviço Geográfico (DSG) implementou a mesma em PostGIS e Spatialite. Estas novas implementações desta norma estão disponibilizadas para a comunidade na versão 2.0 do plugin DSGTools. Nesta versão, a DSG efetuou diversas melhorias para melhorar o funcionamento das ferramentas do plugin tornando-o mais estável e, assim, fomentar a utilização do QGIS em conjunto com a nova especificação técnica do Exército Brasileiro. Vale ressaltar que todas as funcionalidades do DSGTools estão disponíveis para ambas as implementações da ET-EDGV.

      Para maiores informações sobre a ET-EDGV Defesa F Ter acesse o página do Geoportal do Exército Brasileiro.

    Para maiores informações do plugin entrem em contato com a equipe de desenvolvimento por meio do e-mail suporte.dsgtools@dsg.eb.mil.br ou acesse: http://www.geoportal.eb.mil.br/index.php/qgis-menu/dsgtools/dsgtools-generalidades

Fonte: DSG

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REDES NEURAIS E ANÁLISE DE DADOS SATELITAIS

      A alguns anos surgiu, no mercado mundial, uma importante inovação que possibilita uma grande mudança na forma como são analisados os dados inseridos nas imagens obtidas através de plataformas satelitais.

      Pesquisadores da Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha, descobriram uma forma de colocar a inteligência artificial a serviço da análise dos gigantescos volumes de dados gerados pelo sensoriamento remoto via satélite.

      A pesquisa desenvolveu novos algoritmos de visualização e de treinamento de redes neurais auto-organizáveis para aplicação em sensoriamento remoto, gerando modelos simplificados de grandes volumes de informação multi-espectral.

Redes neurais

      Redes neurais são modelos matemáticos inspirados no funcionamento das redes neurais biológicas, presentes no cérebro e representam uma das principais vertentes da inteligência artificial.

       Elas são aplicadas em uma grande variedade de disciplinas, para resolver um espectro ainda mais variado de problemas. Um dos modelos de rede neural mais largamente utilizado atualmente é conhecido como mapa de auto-organização.

Sensoriamento remoto

      O sensoriamento remoto cuida da aquisição de informações sobre a superfície da Terra utilizando técnicas que não envolvem o contato físico com o objeto sob observação – essencialmente por meio de satélites artificiais.

      O desenvolvimento de ferramentas para analisar e processar imagens multi-espectrais (em vários comprimentos de onda) captadas por câmeras e sensores a bordo de satélites abriu o caminho para a automatização de tarefas que seriam impraticáveis de serem feitas por analistas humanos.

Modelos de redes neurais

      A rede neural auto-organizável conhecida como modelo de Kohonen tem-se mostrado como uma ferramenta útil e valiosa para a análise exploratória de dados. Mas o modelo de Kohonen não é perfeito, tendo algumas restrições, relacionadas principalmente com a arquitetura.

      Isto levou ao surgimento de novos tipos de mapas de auto-organização, como o modelo das Estruturas Celulares Crescentes (GCS: Growing Cell Structures), proposto por Bernd Fritzke. Mas o modelo GCS, mesmo em suas versões incrementadas, também não é isento de problemas, com parâmetros difíceis de configurar e sem faixas de valores bem definidas.

Modelos simplificados

      A proposta da pesquisadora Soledad Delgado Sanz consiste em um novo algoritmo de treinamento do modelo GCS que melhora a delimitação dos valores de entrada, eventualmente resolvendo o maior problema do modelo.

      A modificação do algoritmo GCS torna este modelo de rede neural mais fácil de usar para gerar modelos simplificados de grandes volumes de informações multi-espectrais normalmente associados com o campo do sensoriamento remoto.

      A nova metodologia foi testada em várias áreas importantes do sensoriamento remoto, incluindo a classificação de coberturas de solos, estimativas de variáveis físicas de áreas cobertas por água e análise do índice de validade espectral de imagens com características especiais.

BRADAR

   Dentro deste contexto, 0 Brasil também iniciou, a algum tempo, o estudo e desenvolvimento desta técnica, através da empresa BRADAR, empresa do Grupo Embraer, que possui entre seus objetivos oferecer soluções integradas de sensoriamento remoto e radares terrestres.

     Especializada no desenvolvimento e produção de radares, oferecendo produtos para vigilância aérea e terrestre, além de soluções para sensoriamento remoto, a BRADAR conta com tecnologia diferenciada para o monitoramento e detecção de alvos relevantes. O radar aerotransportado da BRADAR opera nas bandas X e P, o que garante a coleta de dados independente de condições meteorológicas ou de iluminação, inclusive, coletando dados abaixo da copa das árvores. Essa característica, associada à geometria das imagens, sempre idênticas, permite comparar as diferentes imagens de forma automatizada, identificando os alvos de forma rápida e precisa.

      Além das imagens coletadas, o monitoramento identifica as mudanças sofridas no local, baseado na técnica de rede neural, ou seja, utilizando classificadores automáticos de mudanças por inteligência artificial. Esse classificador é “treinado” a cada imagem coletada, podendo identificar centenas de mudanças, como por exemplo, danos ambientais, desmatamentos e ocupações irregulares, em poucas horas de análise.

    Nos últimos quatro anos, a empresa fortaleceu sua capacitação tecnológica com estratégias para buscar parcerias, novos contratos e projetos que elevaram, definitivamente, a BRADAR ao posto de empresa estratégica para o governo brasileiro. Ao longo desse período, a BRADAR já desenvolveu e entregou os radares SABER M-60 e SENTIR M-20, ambos em operação nas Forças Armadas brasileiras.

      Certificada pelo governo como EED (Empresa Estratégica de Defesa), a BRADAR é hoje a mais qualificada em sua área de atuação e dá um novo passo em parceria com a Visiona, empresa que também integra o Grupo Embraer, e passa a oferecer também soluções com radares satelitais e ópticos, atendendo a uma demanda crescente de mercado.

Operações Militares

     Além do que já foi exposto acima, o desenvolvimento das técnicas de sensoriamento remoto envolvendo redes neurais, podem revolucionar os métodos atuais de identificação e acompanhamento de alvos, em Operações Militares. Isto pode ser alcançado, tanto através ao desenvolvimento de novas tecnologias, voltadas para este fim, como através do estudo aprofundado e aprimoramento da doutrina vigente, ou seja, com emprego pesado deste tipo de técnica.

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FESTIVAL DE SOFTWARE LIVRE PARA SIG

      No período entre 23 e 27 de Maio de 2016, ocorrerá um evento envolvendo a popularização do software livre gvSIG: o primeiro Festival gvSIG. Transmitido de forma on-line, apresentará palestras, onde será possível assistir (virtualmente) mais de vinte webinars em vários idiomas, inclusive em português.

   Nesta primeira edição, alguns profissionais e estudiosos da Comunidade gvSIG vai expor algumas de suas experiências relacionadas com a tecnologia gvSIG. Para o futuro, em uma próxima edição, se pretende abrir um período para o envio de propostas, para convertê-lo, em seguida, em um evento mais global e aberto.

      Haverá apresentações em Inglês, Espanhol, Francês, Português, turco e russo, e contará com palestrantes e trabalhos desenvolvidos na Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Estados Unidos da América, França, Índia, Itália, Quênia , México, Paraguai, Peru, Rússia, Somália, Turquia y Uruguai.

      Eles vão falar sobre como a tecnologia gvSIG pode ser aplicada em diferentes temas como a saúde mental, a proteção civil, a cooperação, os estudos históricos, gestão de estradas, análise acústica, hidrologia, turismo, análise urbana, em conclusão, sobre como gvSIG pode ajudar a atender a necessidades do ser humano e do planeta como um todo.

      Esta é uma excelente oportunidade para aprender mais sobre esta ferramenta ”Open Source” e descobrir quais suas vantagens e desvantagens, em relação a outras existentes, bem como, qual a sua utilidade prática para o emprego no planejamento de operações militares ou outros eventos militares afins.

      A plataforma em que serão realizados os ”webinars” permite a conexão a partir de qualquer sistema operacional e o registro para participar do evento pode ser feito através do site de descrito em ”Referência” ao final deste ”Post”. Para quem não puder ver alguns dos webinars ou não conseguir se inscrever, eles serão publicados no canal ”gvSIG”  do Youtube em breve.

      Por fim, abaixo, encontra-se a programação do evento:

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Referência:

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DRONES NAS FORÇAS ARMADAS DO BRASIL

     Em todo o Mundo, vem crescendo a importância do emprego de Drones nas mais diversas áreas, de filmagens jornalísticas a comerciais, do combate aos ilícitos ambientais ao acompanhamento da agricultura. Entretanto, o nascimento e os maiores avanços desta tecnologia, ocorreram por motivos bélicos, fazendo com que diversos países do mundo utilizem atualmente, este tipo de equipamento para alcançar objetivos variados. O Brasil, em especial a partir de 2011, também faz parte do universo dos países que possuem esta expertise.

A Força Aérea Brasileira  e o Esquadrão Hórus

1) HERMES 450:

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    Desde 2011, Hórus é a unidade da Força Aérea Brasileira (FAB), o 1°/12° GAV, sediado na Base Aérea de Santa Maria, equipado com as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como também são chamados os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) ou ”DRONES” Aéreos no Brasil.

     O Esquadrão Hórus conta hoje com modelos Hermes 450, com capacidade de voar a mais de cinco mil metros de altitude e levar uma carga útil de 150 kg. O equipamento pode cumprir missões de busca, controle aéreo avançado e reconhecimento, com a vantagem de voar por longos períodos com revezamento de tripulações.

    A tripulação do Hermes 450 é composta por um aviador e um operador de sistemas que opera a aeronave remotamente em terra e, dessa forma, não fica exposta a um eventual ataque inimigo. Além da tripulação, há uma equipe de manutenção e de apoio às telecomunicações, que permite a retransmissão das informações enviadas pela aeronave para centros de controle em qualquer região do País. Devido a seu tamanho compacto, o Hermes 450 pode ser transportado a bordo de aviões de carga, o que permite a sua atuação em todo o território nacional.

    A ARP Hermes 450  possui a capacidade de capturar vídeos em tempo real. A novidade em relação a outras aeronaves é que os dados são gerados e transmitidos na mesma hora. Antes as equipes planejavam, decolavam, voavam e depois processavam os dados. Hoje devem possuir a capacidade de gerenciar simultaneamente a coleta, análise e difusão da informação.

      As aeronaves remotamente pilotadas podem trabalhar de forma conjunta com os outros aviões de reconhecimento, como R-99, R-35 e RA-1. A grande vantagem da ARP é a capacidade de permanecer no acompanhamento dos alvos por mais tempo. Com duas aeronaves, é possível se manter por 24 horas o acompanhamento sobre a área de interesse.

     Com sistemas eletro-óticos capazes de localizar e acompanhar alvos tanto de dia quanto de noite, o Hermes 450 pode ser utilizado também em tempos de paz, para realizar buscas e apoiar missões de Garanti a da Lei e da Ordem.

FICHA TÉCNICA
Peso de decolagem 450 quilos
Comprimento 6 metros
Envergadura 10 metros
Carga Útil 150 quilos
Autonomia Até 16h
Teto Operacional 18.000 pés
Velocidade máxima 170 km/h
 2)HERMES 900:

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    A Força Aérea Brasileira (FAB) utiliza também a aeronave remotamente pilotada (ARP) Hermes 900, da israelense Elbit Systems.

    Este aparelho também é operado pelo Esquadrão Hórus (1º/12º GAV). A aquisição de um VANT da mesma “família” facilitou o processo de adaptação ao novo equipamento. Tanto que a equipe opera o novo aparelho para pousos e decolagens a partir da mesma estação (shelter) usada anteriormente com o Hermes 450.

    Novos recursos – Além dos recursos já conhecidos do RQ-450 Hermes, entre as principais vantagens operacionais do Hermes 900 está o SkyEye. Trata-se de um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permitem a vigilância de uma região inteira. O software, que processa o conjunto de imagens, permite a visualização de maneira independente, o que permite monitorar dentro uma mesma área diferentes alvos simultaneamente. Cerca de 10 pessoas são necessárias para operar esta ferramenta.

    O VANT classificado como categoria 4, opera com comunicação via satélite. O link permite que o aparelho voe muito além dos 250 km de distância do Hermes 450. Além disso, o VANT opera a 30 mil pés (mais de 9 mil metros de altura) e tem autonomia superior a 30 horas de voo, aproximadamente duas vezes mais que o RQ-450. Um de seus principais objetivos é o monitoramento eletrônico das fronteiras.

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    Nas Américas, o Hermes 900 é operado pelo México, Colômbia e Chile.

A Marinha do Brasil testa dois modelos de ARP para aquisição

1)CAMCOPTER S-100:

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    O S-100 é uma aeronave não-tripulada de decolagem e pouso vertical, que pode ser programado para voar uma missão autônoma através de um console com interface gráfica, ou pode ser pilotado manualmente. Em ambos os modos, o S-100 é automaticamente estabilizado através de sistemas redundantes de navegação inercial (INS) e por GPS).

    O CAMCOPTER S-100 é capaz de levar cargas úteis pesando até 50 kg (100 lbs). Ele tem uma fuselagem mono-coque de fibra de carbono, o que lhe dá uma relação peso/potência muito boa. Em uma configuração padrão, o S-100 é capaz de transportar uma carga útil de 25 kg (55 lbs) para um vôo de até 6 horas.

    Para operações marítimas, o S-100 pode operar a partir de pequenas embarcações, oferecendo substancial reforço de vigilância de baixo custo. A sua pequena dimensão, pequena seção reta radar, e níveis mínimos de emissão, combinam-se para fornecer uma eficaz capacidade “além do horizonte”.

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    Ele pode realizar as seguintes missões: esclarecimento marítimo de dia e de noite, reconhecimento de áreas ou alvos particulares (com capacidade de identificação mantendo o navio mãe fora de perigo), avaliação de danos, busca e salvamento, apoio às atividades de guarda costeira, com a localização e transmissão de imagens detalhadas de derrames de petróleo, pesca ilegal ou outros incidentes ambientais.

     Planeja-se o desenvolvimento de dispositivos para empregar o S-100 em missões de jamming e lançamento de chaff, e também em missões armadas. Para essas, a Thales do Reino Unido está desenvolvendo um novo míssil leve multifunção (LMM) baseado no míssil Starstrek, para ser empregado no S-100. O UAV pode levar dois mísseis (ver foto abaixo), pesando 13kg. O LMM é guiado a laser e já foram feitos testes de disparo a partir do S-100.

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Schiebel S-100 Camcopter (registered OE-VXX) fitted with a Lightweight Multirole Missile on display at Farnborough Airshow 2008

2) ScanEagle:

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    O ScanEagle é um VANT (veículo aéreo não tripulado), produzido pela Insitu, uma subsidiária da Boeing dos Estados Unidos, para fornecer inteligência, vigilância e reconhecimento de forma continua dia e noite.

    Este VANT é lançado através de uma catapulta pneumática Compact Mark 4 e recolhido pelo sistema SkyHook, que é a solução para recuperação sem redes, onde o ScanEagle é recuperado através de um dispositivo na ponta de suas asas.

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    Normalmente o ScanEagle voa com uma câmera eletro-óptica ou com uma câmera infra-vermelha em uma torre giroestabilizada. Existe a versão com uma câmera Dual, não havendo necessidade de reconfiguração.

    Seu motor extremamente silencioso, é capaz de operar com os combustíveis JP-5 ou C-10, possuindo uma autonomia de até 24 horas de voo ininterruptos com alcance de 100 kms a partir do centro de controle. Segundo o fabricante, se as condições de tempo forem ideais, o alcance pode dobrar. O preço estimado de cada Sistema ScanEagle é de USD 6 milhões.

Características 

– Autonomia máxima: 24 horas

– Combustível: JP-5 ou C-10

– Capacidade do tanque: 7 litros

– Teto operacional: até 19 mil pés

– Velocidade máxima: 80 nós

– Velocidade de cruzeiro: 60 nós

– Navegação: GPS autônomo

– Envergadura: 3,11 m

– Comprimento: 1,71 m

– Peso vazio: 14 kg com câmera eletro-óptica ( 18 kg com câmera infra-vermelha)

– Peso máximo de decolagem: 22 kg

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    Após tomada a decisão final sobre qual dos dois modelos adquirir, a Marinha pretende comprar três sistemas, com duas ARP cada, até 2023.

Referência: http://www.naval.com.br e defesaaereanaval.com.br (Camcopter s-100 e Scan Eagle);

                       http://www.fab.mil.br (Hermes 900);

                       http://www.brasilemdefesa.com e http://www.aereo.jor.br (Hermes 450).

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